Muitas não estão otimizadas para o melhor desempenho e podem usar menos o equipamento de radiocomunicações e as transferências de dados.
O desempenho na rede é uma das coisas mais importantes que a maioria dos apps faz mal”, afirmou o programador da Google, Colt McAnlis, durante a conferência Google I/O, realizada na semana passada. Quase todas têm arquiteturas incorretas para essas operações, explicou McAnlis a uma multidão de programadores.
Ao estruturar a forma como as aplicações móveis acessam as redes de maneira ineficiente, lembrou McAnlis, impõem-se aos usuários custos desnecessários em termos de desempenho e duração da bateria. “As más operações em rede custam dinheiro”, enfatizou.
“O usuário paga um preço alto por cada pedido falso que o app faz, todos os pacotes dessincronizados, cada imagem de dois bits solicitada desnecessariamente”, ilustrou McAnlis.
O programador propõe uma solução: usar menos o equipamento de radiocomunicações e as transferências de dados. Uma maneira de suportar isso é fazer “loteamentos” de dados.
Ou seja, arquitetar a aplicação de modo que aos dados de baixa prioridade sejam enviados quando o hardware de rede do dispositivo for ativado por outro sistema, minimizando a quantidade de tempo e energia utilizada na comunicação por rádio. Desencadear processos de pré busca de dados é outra técnica importante, para suavizar a utilização da rede pelas aplicações Android, assinalou.
“Quando a aplicação ‘sabe’ que vai fazer seis ou sete pedidos no futuro, não deve esperar que o dispositivo ‘adormeça’ para depois acordá-lo novamente”, ironiza o programador. Para ele, faz mais sentido tirar proveito do fato de o chip estar em atividade e fazer logo os pedidos.
McNalis sugeriu aos programadores a utilização do serviço Cloud Messaging, do Google, para as atualizações, em vez do sistema de hierarquização de servidores. “Este é um desperdício de tempo para o usuário”, alerta.
Segundo o programador, “cada vez que um app consulta o servidor e retribui um pacote nulo, dizendo que não há novos dados, o usuário paga por isso”.
FONTE:http://computerworld.com.br/maioria-dos-apps-android-possui-arquitetura-incorreta