Jogos “grátis” para celular vão gerar um faturamento de R$ 7 bilhões

Jogos grátis para celular e outros dispositivos móveis devem girar US$ 1,9 bilhão (R$ 6,8 bi) este ano, segundo indica o levantamento anual da consultoria americana Swrve, focada em marketing para esse segmento. Trata-se de um mercado fortemente centrado em conteúdo ‘freemium’ – em geral, uma plataforma gratuita com serviços opcionais pagos – no qual apenas uma fração dos usuários gera os ganhos.
No caso de jogos ‘freemium’ para dispositivos móveis, o novo levantamento indica que apenas 0,19% dos jogadores respondem por 48% das receitas, ou seja, é essa pequena parcela que efetivamente compra os conteúdos adicionais de jogos cuja versão básica é gratuita. No caso de 2016, cerca de US$ 900 milhões (algo como R$ 3,2 bilhões).
Segundo a Swrve, a concentração já foi maior. Esses números indicam que 48% do faturamento vem de 10% dos jogadores que pagam, mas no ano passado a proporção era de que esse grupo respondia por 60% da receita com vendas dentro dos jogos gratuitos.
A nova pesquisa diz, ainda, que a receita é fortemente concentrada nos primeiros dias de um jogo. É que 59% das compras dentro de um app ‘freemium’ são feitas no primeiro dia da oferta (e respondem por 55% da receita total do aplicativo). A taxa cai sensivelmente, de forma que é de 14% no segundo dia e 4,5 % no terceiro. Em outras palavras, 70% de tudo o que um jogo ‘grátis’ fatura se dá nas primeiras 48 horas.
A julgar pelos novos dados, o valor médio gasto por cada jogador vem subindo. No ano passado, cada um deles gastou, em média, o equivalente a R$ 80 por mês (em valores de hoje). Este ano, diz a pesquisa, esse valor subiu para R$ 87,50. Vale lembrar que os números se referem aos jogadores que compram conteúdo opcional (in-app), que são apenas 1,9% do público que joga em aparelhos móveis. A grande maioria deles (64%) compra apenas uma vez no mês. Enquanto 6,5% compram cinco vezes ou mais.
FONTE: Convergência Digital
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